sábado, 14 de maio de 2011

Vem comigo.

Vamos embora para um lugar limpo. Deixe tudo como esta. Feche as portas, não pague as contas e nem conte a ninguém. Nada mais importa.
Agora você me tem, agora eu tenho você. Nada mais importa.
O resto? Ah, os restos são restos. E não importam. 
Não importa, não importa. 
Largo tudo. Venha comigo pra qualquer outro lugar. 
Foi em Abril, dirá abril e maio. Ou Setembro, Outubro. Os mais cruéis dos meses. Tanto faz, já não importará depois de tanto tempo, numa cidade remota. 
E vou dizendo lento, como quem tem medo de quebrar a rija perfeição das coisas, e vou dizendo leve, então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa: – gosto muito de você, gosto muito de você.

Um comentário:

  1. Eu realmente estou gostando muito de ler
    suas postagens e isso é engraçado porque
    embora eu goste de escrever, detesto ler rs
    Geralmente leio o que me prende em conteúdo
    e o conteúdo aqui, está além do agradável, tá
    intenso, tá verdadeiro, pura identificação
    pra mim. Estou adorando!

    Beijão!

    Bruno

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