E te dizia no escuro que era mais ou menos amor mesmo. Porque era. Porque é.
Por alguns momentos,é como se houvesse assim uma espécie de esperança. De possibilidade de esperança.
sábado, 21 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.
Vem comigo.
Vamos embora para um lugar limpo. Deixe tudo como esta. Feche as portas, não pague as contas e nem conte a ninguém. Nada mais importa.
Agora você me tem, agora eu tenho você. Nada mais importa.
O resto? Ah, os restos são restos. E não importam.
Não importa, não importa.
Largo tudo. Venha comigo pra qualquer outro lugar.
Foi em Abril, dirá abril e maio. Ou Setembro, Outubro. Os mais cruéis dos meses. Tanto faz, já não importará depois de tanto tempo, numa cidade remota.
E vou dizendo lento, como quem tem medo de quebrar a rija perfeição das coisas, e vou dizendo leve, então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa: – gosto muito de você, gosto muito de você.
Agora você me tem, agora eu tenho você. Nada mais importa.
O resto? Ah, os restos são restos. E não importam.
Não importa, não importa.
Largo tudo. Venha comigo pra qualquer outro lugar.
Foi em Abril, dirá abril e maio. Ou Setembro, Outubro. Os mais cruéis dos meses. Tanto faz, já não importará depois de tanto tempo, numa cidade remota.
E vou dizendo lento, como quem tem medo de quebrar a rija perfeição das coisas, e vou dizendo leve, então, no teu ouvido duro, na tua alma fria, e vou dizendo leve, e vou dizendo longo sem pausa: – gosto muito de você, gosto muito de você.
Meu coração tá ferido de amar errado.
É isso ai, confie, acredite, ame. Vamos lá, decepcione-se!
Eu sei, você esqueceu de lembrar.
Eu sei, você esqueceu de voltar.
Eu sei, você esqueceu de tentar.
Eu sei, você esqueceu de lutar.
Eu sei, você esqueceu de ficar.
Eu sei, você esqueceu de sonhar.
Eu sei, você esqueceu como amar.
Eu sei, você esqueceu.
Veja o que me aconteceu.
Eu sei, você esqueceu de voltar.
Eu sei, você esqueceu de tentar.
Eu sei, você esqueceu de lutar.
Eu sei, você esqueceu de ficar.
Eu sei, você esqueceu de sonhar.
Eu sei, você esqueceu como amar.
Eu sei, você esqueceu.
Veja o que me aconteceu.
Sou uma eterna apaixonada por pessoas inteiras.
domingo, 1 de maio de 2011
Testosterone boys and harlequin girls
Enquanto chega dia e passa dia, eu fico pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares e ver gente. Nunca planejei ser tão piégas, mas a verdade é que você deixa tudo leve. Não, você não leva embora os meus problemas ou qualquer bobagem assim. Na verdade, até traz uns -vários- novos pra coleção. Mas eu não consigo me livrar dessa sensação de que tudo está um pouquinho menos fodido com a gente junto.
Brigamos quando eu chego falando que certo cara é tudo o que eu sempre quis, e que acho que me apaixonei. Só pra te irritar, e ver você escondendo o ciúmes atrás de frases curtas e risadas forçadas. E então você se vinga, dizendo alguma coisa sobre como diversas garotas tem uma queda por você. Assim, com o orgulho ferido e uma pitada de arrogância intrínseca. Como se eu não soubesse.
Você está sempre reclamando de que nós discutimos durante os 7 dias da semana. Eu só peço que entenda que odeio rotina.
Eu me encho de raiva quando você vem com um "Ninguém é perfeito" se eu reclamo de algo que não gosto em você. Eu não preciso aceitar, ou gostar, de tudo o que você faz. E acabo sendo grossa, e ficando brava de repente, e você, como sempre, nunca enxerga o que fez de tão errado.
Te falo, com uma paciência muito maior do que eu tenho, e me acostumei com o fato de que você nunca ouve. Ou se ouve, simplesmente ignora. Porque no dia seguinte repete tudo, como uma criança teimosa fazendo birra. E eu sinto como se você fosse embora sempre que o texto passa da terceira linha.
E depois disso você vem, juntando todos os pequenos defeitos que se tornam enormes quando a gente quer ficar brava com uma pessoa. Você consegue tirar as fotos mais ridículas que eu já vi, mesmo sendo tão bonito, além do péssimo gosto pra cortes de cabelo.
Mas aí eu me pego pensando em quando você escreve certo só pra me agradar, e lembra da minha neurose com os pontos finais, letras maiúsculas e erros tolos, como o "mas" e "mais". E seu jeito, mais sarcástico do que maldoso, de zombar as minhas notas em redação. E é tudo o que eu quero, quando você me olha sem pressa e sorri nervoso, sem saber porque a gente procura se perder.
Eu não consigo imaginar o que passa na sua cabeça com os meus surtos, o modo de falar tudo rápido demais e como não sei aceitar elogios. Esse meu jeito confiante e segura demais por fora, sendo só mais uma garota com medo da vida por dentro. Da minha indecisão, e da mania desagradável de falar a verdade com todas as letras. Eu sempre vou ser daquelas que querem um beijo roubado no meio de uma briga. Vou querer surpresas e não promessas. Vou rir de mim mesma.
Talvez, a culpa seja dessa minha mania de romantizar tudo de um jeito meio bruto, e desastrado. Ou daquela mania oposta de esperar o pior de todo mundo e nunca me surpreender. Ou, mais provavelmente, desse meu frenesi em estar sempre em conflito comigo mesma.
Tem coisas que eu não entendo, como as vezes em que vem você me olhar apaixonado e, no momento seguinte, frio. Ou quando fica todo nervosinho por uma brincadeira tonta, já que é exatamente o que reclama em mim.
Fico pensando e querendo saber coisas, que você me diga, qualquer coisa. O mesmo assunto de duas ou três semanas, os mesmos links desgastados ou aqueles documentarios ferrados de 3 horas que eu nunca vou assistir, tanto faz.
E dou aquele sorriso cansado quando, no meio dos lugares mais improváveis, lembro de você. Daquela vez, em que você ficou todo chocado quando, em plena madrugada, comecei a falar coisas sem sentido, discutindo vividamente sobre filmes pornô. Mas você fingiu que não ficou e eu fingi que não percebi. Ou das vezes que eu digo um "Acho que eu vou sair." e você não percebe que o que eu quero mesmo é que você me diga pra ficar, nem que seja para não falar nada.
E aí tem aquelas coisas sobre mim que seriam tão fáceis de descobrir, só que você não descobre. Tenho tanto de mim espalhado por aí, na sua frente, que só não vê por que não quer. Gosto de estar certa. De quem entende o que eu digo. Dos meus livros, minhas idiossincrasias, do meu mundo.
Eu gosto de mentir, e te enganar, só pela graça de ver sua cara -tão desesperada- segundos depois. E você me chama de idiota, vagabunda, mas sempre acaba rindo do meu prazer infantil em ser má.
Acho que no fim, nós estamos aqui porque não temos nenhum lugar melhor para estar e nada melhor para fazer. E porque só estar nos basta. E tudo isso, talvez seja um jeito meio confuso e demorado de dizer apenas uma coisa:
Eu te odeio as vezes, mas só porque te gosto. E muito.
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