Por alguns momentos,é como se houvesse assim uma espécie de esperança. De possibilidade de esperança.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Perdendo a noção do tempo. Perdendo a noção faz tempo.
Tu achas que eu estou aqui, tu achas que está conversando comigo, e que eu presto atenção, que eu concordo, respondo, discordo, te ouço, argumento e novamente discordo. Mas eu não estou aqui. Eu não estou nem aí. É que por tantas vezes eu achei que tu estivesse comigo, tantas vezes eu, inclusive, jurei que estava conversando contigo, e que tu prestavas atenção, concordava, respondia, discordava, me ouvia, contra-argumentava e, novamente, discordava. Mas você não estava aqui. Você não estava nem aí. E é assim mesmo, sumidos de nós mesmos, que sobrevivemos aos golpes dos dias. Não é por acaso que surgem em nossos caminhos esses buracos. Nosso caminho é o mesmo, nosso vetor é o mesmo, mas é a nossa direção que nos faz bater de frente. E bater de frente dói demais, justamente porque a gente sabe exatamente tudo sobre o obstáculo que se aproxima, mas somos sempre acometidos pela impossibilidade do desvio. Na verdade, a gente gosta mesmo é do conflito. E isso nunca vai mudar.
É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser, mas venha agora.
Passei a acreditar que a felicidade mora na inexistente fração de tempo em que o passado toca o futuro. Se o passado é distração e o futuro, preocupação, sobra para nós, perseguidores da felicidade, a inexistente ilusão do presente, em que tu és o que tu fazes, e nada nem ninguém mais importa. Isso é felicidade. Agora te concentra e tenta materializar um momento que não acontece jamais. Sorria, pois já é quase dia e tu tens que acordar cedo.
Garçon, uma dose de amnésia e duas de desapego, por favor.
Eu não acredito nas palavras, acredito nos fatos, nas coisas e nas ações. Então o que é o perdão se não um produto sem justificativa pelo uso? E isso tudo é só um símbolo, é uma faca que não corta mais. E por isso eu não devia me calar o tanto. Essa lâmina continua afiada, e era eu que ainda não tinha observado tentando superar o mau gosto do meu sangue. E as lágrimas assim vão sendo confiscadas... tudo através do produto que continuam estagnadas nas pontas dos dedos e as minhas não são capazes de superar o medo e não conseguem ver que a vida continua.
Sem esquecer, sem relevar, sem perdoar.
Eu gosto de você porque gostar não faz sentido mesmo.
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