Então eu te disse que o que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exatas. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse.
Por alguns momentos,é como se houvesse assim uma espécie de esperança. De possibilidade de esperança.
sábado, 10 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Desligou a tevê de repente. Foi até o quarto, abriu todas as portas do armário. Camisas, meias, roupa suja, sapatos, documentos, travesseiro. Amontoou tudo no meio da sala. Pegou uns desodorantes no banheiro. Iriam ajudar. Por cima, jogou talheres, pacotes de macarrão pela metade, garrafas de Merlot que nunca foram abertas. Da cozinha, trouxe também uma caixa de fósforos. Acendeu o palito com a mão direita, com a esquerda fez uma concha. Jogou na pilha, mas a chama se extinguiu. Olhou para a sala bagunçada, o seu dia-a-dia todo empilhado. E começou a arrumar, coisa por coisa, tudo o que estava ali.
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