quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sinto saudades do que poderia ter sido entre nós dois



Tem tanta coisa que eu nunca te disse... 

25, agosto

Eu não sei o que falar de você
Tu entrou na minha vida derrubando aqueles 3 ou 4 muros que eu havia construído ao redor de mim mesma
Talvez tenha sido isso
Você chegou leve e foi me ganhando sem que eu mesma percebesse.

28, agosto

Você roubou o meu fôlego, meu tempo e principalmente: o meu sono. 

30, agosto

Você estragou tudo. 
Partiu assim, sem o menor pudor.
Da minha vida, como sempre, fui a ultima a saber:
fechei a porta da minha casa e você pulou a janela de alguma outra.


1, setembro

Saudade eu tenho de alguns momentos.
Saudade é bem diferente de falta. 
Saudade é quando a gente sabe que nunca mais vai voltar. Como as vezes em que eu te fazia ficar sem graça e você me fazia rir. 
Falta não sinto. 
Falta implica querer ou precisar de volta. Insistir no erro.
Saudade eu tenho de tudo que sou assumida traça de passado.
Me alimento do que rôo dessas memórias desgastadas.
Mas eu sempre inventei muito peso para as minhas costas fracas por tua causa.
E agora que tudo caiu... é como se eu pudesse respirar apesar da rinite.

1, setembro

Consegui dormir a noite toda. 
Se lembrei de você? Minto.

2, setembro

Penso em você, a verdade é essa. 
Principalmente a noite, e também durante o dia, quando sem aparente motivo, sinto teu cheiro na minha roupa. 
Aquele cheiro que-não-é-só-perfume que você tem.
Penso no seu jeito de moleque, nos cílios de boneca, e super penso no teu sorriso fácil com covinhas, que sempre me desarmou. 
Tri-penso no teu beijo. 
Me perco sempre no meio termo.

5, setembro

Prefiro pensar, as vezes, que por ser tão doce você demore bem mais a amadurecer.

7, setembro


Onde está a sua pele quente, colada na minha? 
Cadê teu coração batendo rápido junto ao meu? 
Tua boca macia, língua ligeira, suspiro suave. E agora?

7, setembro

E foi estranho, sabe?
Pensar em você com carinho de novo.
Me fez bem lembrar que você valeu a pena por algum motivo.

8, setembro

Nós éramos dois estranhos que se encaixavam muito bem.


12, setembro

Só me sinto mal pelo o que fiz comigo mesma. 
Pela dor no estômago que eu me auto inflingi. 
Pelo choro. Pelas comparações. 
Pela desvalorização de mim. Pela raiva de mim. Pela tristeza e vazio de mim. 
Porque tudo o que eu era passou a ser menor do que você. 
Menos importante. 
Meio bobo, querendo se esconder até toda a onda de dor passar. 
Mas o engraçado é que eu mesma era a unica que podia entender que não tem dor.
Tem orgulho. Ferido demais, por sinal. 
Mas a dor dor já veio muito pior e eventualmente a gente aprende a lidar com as coisas.

12, setembro

O que eu faço com todas essas minhas neuroses justificadas pelo uso?


18, setembro

Muitas vezes eu passei a noite em claro, me perguntando o que diabos eu via em você. 
Ou o que não via.


18, setembro

Nós não tínhamos começo, meio, motivo ou solução. 
Nós só éramos, assim, tão errados um para o outro, aproveitando nossa imperfeição. 
Vivemos nossas excentricidades, cada um a sua maneira. 

20, setembro

E tudo bem. Não há nada a ser esperado, nem desesperado. 
Saiba que não lhe guardo rancor. 
Talvez um pouco, mais pela situação do que propriamente por você. 
Boa sorte. 
E me lembra, se puder. 




quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Anéis de bala e flores roubadas

Steve: About 90% of this world's problems are caused by little words that come in pairs. We're healthy and we're happy... Yet, when anybody asks us, we say "not bad". You know when I saw you the first time dancing -this is about a month ago, by the way, in the process- I was desperate to buy you a drink. But you know what I said to myself? 'I can't.' 'She won't.' 'We wouldn't.' And then you're there again tonight and all indications being that I'm getting a second chance to make a good impression. So, you say 'stop'... And I'll stop. 

Quando deixei cair as lágrimas que chorei ele pensou que era apenas a chuva

Once upon a time, there was Candy and Dan. Things were very hot that year. All the wax was melting in the trees. He would climb balconies, climb everywhere, do anything for her, oh Danny boy. Thousands of birds, the tiniest birds, adorned her hair. Everything was gold. One night the bed caught fire. He was handsome and a very good criminal. We lived on sunlight and chocolate bars. It was the afternoon of extravagant delight. Danny the daredevil. Candy went missing. The days last rays of sunshine cruise like sharks. I want to try it your way this time. You came into my life really fast and I liked it. We squelched in the mud of our joy. I was wet-thighed with surrender. Then there was a gap in things and the whole earth tilted. This is the business. This, is what we're after. With you inside me comes the hatch of death. And perhaps I'll simply never sleep again. The monster in the pool. We are a proper family now with cats and chickens and runner beans. Everywhere I looked. And sometimes I hate you. Friday -- I didn't mean that, mother of the blueness. Angel of the storm. Remember me in my opaqueness. You pointed at the sky, that one called Sirius or dog star, but on here on earth. Fly away sun. Ha ha fucking ha you are so funny Dan. A vase of flowers by the bed. My bare blue knees at dawn. These ruffled sheets and you are gone and I am going too. I broke your head on the back of the bed but the baby, he died in the morning. I gave him a name. His name was Thomas. Poor little god. His heart pounds like a voodoo drum.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Suas obsessões seguem padrões.

Coisas boas não vão bater na sua porta se você deixar o jardim bem arrumado. Você tem que sair atrás delas com uma rede de caçar borboletas. Coisas boas são pequenas e escorregadias. Elas sabem se esconder muito bem. Mas as vezes a gente dá sorte, e captura uma das mais brilhantes. É claro que apartir do momento que você a pega, ela está destinada a morrer. Mas que importa? O número de lágrimas que é derramado depois não vai apagar aquele primeiro sorriso. É só como tem que ser.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

L'excessive


O relógio antigo anuncia, amuado, as seis horas. Perdida em meio a tantas palavras, sento em um dos bancos decrépitos, com a pintura desgastada pelo tempo e corrosão. A mala pequena, pouco maior que uma criança magra descansa ao lado de meus pés. Homens e mulheres passam, mas seus rostos mal se adivinham. Toda sensação de exilamento passa por mim. Como se não pertencesse a mim mesma, sendo uma eterna estrangeira, esperando decididamente o trem de partida -este, sempre atrasado-.
As luzes oscilam na estação, enquanto alguém, alheio a qualquer um em sua volta, cantarola uma melodia levemente famíliar. 30. Me inquieto, de subto nervosa e apreensiva. A música vira um suave sussurro, acariciando minha mente. Ideias dormentes a tanto tempo -quanto?- acordam de seu sono conturbado e trazem vida à tudo o que meu subconciente estivera lutando pra esquecer. Risadas sonoras como plano de fundo de um filme piégas passam entre meus olhos e, tendo como telespectadora, minha alma. 20. Um calor morno tomava conta do meu corpo enquanto minhas lembranças e anseios iam sendo desmembrados, lágrima por lágrima.  Meu coração, um cliché barato de quinta categoria continuava guardando um sorriso em particular, por mais que toda a razão contestasse a estupidez da escolha. Eu, tola em meus devaneios, me apaixonei por cada lembrança, por cada vestigio de algo que já não era. 10. Em algum lugar, uma batalha antiga era travada, entre o que quero e o que preciso. Orgulhosa, insisto. Teimo no erro. Mistifico, engano a mim mesma, ainda sabendo que o perdedor só pode ser eu. 5. Mas finjo que não, e continuo lutando, brandindo minha furia -de que?- contra os ventos, para que, por um instante que seja, me sinta um pouco menos vazia. 4.
O trem chega e a estação inteira acorda. 3. Todos seguem apressados seus caminhos, carregando malas lotadas e corações apertados. 2. Lenços são usados e despedidas chorosas são feitas na ultima hora. 1. A fumaça levanta e o trem segue, espalhafatoso, seu rumo, com o peso da promessa que trazem os novos horizontes.
Algumas horas depois, sentada no mesmo banco, espero paciente o horário da partida. Perdida em mim mesma, um estranho passa ao meu lado, carregando um cheiro estranhamente famíliar... 
30.

domingo, 4 de setembro de 2011

Le vent nous portera.


Você começa a se lembrar do sorriso e dos olhos mesclados em alguma tonalidade entre o azul e o verde. Você se lembra da voz e daquele sotaque francês engraçado arranhando o inglês enquanto ele tentava explicar algum ditado famoso que você nunca tinha ouvido falar. Você se lembra das piadas que não faziam sentido e das longas caminhadas em meio ao vento. Lembra de como o tempo escapava entre seus dedos, por mais que você quisesse manter aquele momento para sempre. Você se lembra de como era adorável se sentir tão ingenua, tão protegida e -tão tão- livre. Nada mais importava. Ninguém, em lugar algum do mundo importava, só aquele momento, encapsulado cuidadosamente na memória.
E é como se, depois de tudo -tudo o quê?- você ainda fosse embora assim que o sol nascesse. Porque você foi. Seu ônibus partiu sem nenhuma cerimônia, e não houve cena romântica -como bem sabia- de um ultimo "Love you despite the distance" que contivesse meu ânimo, ou qualquer cliché barato que me fizesse sentir melhor. Você foi embora, pra onde quer que te levassem. 
Não cairam lágrimas, embora o peito tenha doído. E dói até hoje. 
Tudo bem, sejamos justos, eu também parti. Parti não, voltei. E é isso que não engulo. Esse foi o momento em que percebi que preferia estar em qualquer outro lugar, menos aqui. London, Paris. Uma passada em Dubai, alguns dias em Berlin... Até Zurich, pra completar o abecedário. A mala ainda está aberta. Existem fotos polaroid coladas na parede da sala mostrando sorrisos amarelos meio desfocados como plano de fundo. E a noite eu ainda te espero, mesmo sabendo que não virá, e mesmo sabendo que vai doer mais uma vez, só porque não consigo. Não consigo deixar passar, esquecer, ou pelo menos tirar da minha mente por alguns segundos. Eu virei saudade. Meu fim, triste e seco é perceber, só agora, no que me transformei: um punhado de nostalgia. 
Não é como se fosse sua culpa. Talvez seja minha, talvez da vida, ou do tempo. Ou mais provavelmente, culpa de ninguém, pois não há culpa em tais coisas. 
Sem me estender demais -pois o assunto vira faca que não corta, e tamanha repetição me desgasta-, só queria te dizer, por fim, que me faz falta. Me faz muita falta aquele sorriso despreocupado que eu conheci por algumas noites. 
E aqui, a verdade -como costuma ser- é simples e fatal:  pessoas certas acontecem. Distâncias erradas entre elas também.
Porque, apesar de tudo, você sempre vai ser o meu francês. O meu Pierre.

sábado, 21 de maio de 2011

Isso nunca vai mudar.

 E te dizia no escuro que era mais ou menos amor mesmo. Porque era. Porque é.